Desde que foi criada em 1984 por Charles
Hull, a Impressora 3D percorreu um longo caminho até chegar nos dias de hoje ao
patamar de tecnologia revolucionária. Ela precisou de tempo e uma grande
evolução tecnológica para que se tornasse acessível e capaz de transformar a
fabricação de produtos. A democratização desses equipamentos permitirá que boas
ideias saiam do papel sem a necessidade de grandes investimentos na pesquisa e
desenvolvimento de protótipos. Pessoas comuns terão acesso a uma ferramenta
poderosa para criar, aperfeiçoar e testar itens das mais diversas aplicações. Essa
democratização já aconteceu com o computador no passado, mais recentemente com
a comunicação através da internet e agora está acontecendo com a manufatura
através das impressoras 3D. Conforme disse Chris Anderson, ex-editor da revista
Wired, em seu livro Makers (Campus/Elselvier) - Toda vez que
você aplica a palavra “pessoal” a uma tecnologia industrial acontecem uma
revolução e uma explosão de empreendedorismo. Não é a tecnologia que muda o
mundo, mas a forma como as pessoas a usam.
Uma impressora 3D constrói objetos camada
a camada utilizando-se dos mais diversos tipos de insumos, até chegar ao seu
formato tridimensional final. Podendo ser através da sobreposição de lâminas de
polímeros, jatos de material em pó, aquecimento de materiais sólidos, líquidos
ou gel, todas as tecnologias produzem itens perfeitamente fabricados de acordo
com o projeto e insumos inseridos no equipamento. Para se criar um projeto em
3D existem hoje em dia softwares de design grátis e comunidades on-line que
ajudam a desenvolver e testar o seu produto. E caso sua criação tenha grande
potencial também é possível financia-la através de sites de crowdfunding, tudo
isso em escala global. Enfim, não há barreiras para aqueles que desejam
empreender suas boas ideias.
Uma interessante aplicação para
impressora 3D está sendo comercializada por uma empresa norte-americana de
brindes personalizados. Os usuários podem registrar a imagem de seu rosto e
imprimir na forma dos mais diversos objetos como caixas, canecas, suportes de
mesa, etc. Também podem ser impressas outras partes do corpo ou mesmo objetos
que os usuários desejem replicar como jóias exclusivas, por exemplo. Além do
resgitro de imagens de formas reais os usuários também podem realizar desenhos
ou escrever mensagens que são impressas nas cores e tamanhos desejados.
Já existem inúmeras aplicações para as
impressoras 3D além de protótipos de plástico. Veja o caso de um notório
colecionador de carros antigos que possuía em sua garagem inúmeros veículos
parados por falta de peças antigas. Com a impressão dessas peças inexistentes
no mercado ele conseguiu, por exemplo, trazer de volta a vida um raro
calhambeque movido a vapor. Além das peças é possível imprimir toda a
carroceria de um veículo, como fez um grupo de estudantes belgas de engenharia.
Ou imprimir uma casa como realizou empresa fundada por um italiano apaixonado
por construir castelos de areia.
Outra grande aplicação está no campo da medicina com a impressão de próteses mais baratas e eficientes que as atuais. Também podem ser impressos ossos, órgãos e tecidos com a bioimpressão, técnica de impressão 3D que reproduz partes do corpo com a aplicação de células reais como insumo.
Agora imagine imprimir remédios, vacinas,
roupas e até comida. Sim, isso tudo é possível e já está em desenvolvimento. Basta
que o equipamento tenha a tecnologia adequada para trabalhar com os insumos
necessários e o produto final poderá será fabricado por uma impressora na
comodidade da sua residência. Embora ainda em fase embrionária, a maioria dos
projetos de impressoras 3D tem potencial de revolucionar o mundo em que vivemos
de uma forma como nunca sonhamos.
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